AVALIAÇÃO DA COMPULSÃO ALIMENTAR EM PACIENTES DIABÉTICOS DO TIPO 2

Autores

  • Edlaine Cristina de Brito Marques
  • Ana Paula Guimarães Arantes Faculdades Adamantinenses Integradas
  • Cassiano Ricardo Rumin Faculdades Adamantinenses Integradas

Palavras-chave:

Transtornos Alimentares, TCAP, Diabetes Melitus tipo 2.

Resumo

O diabetes mellitus tipo 2 (DM) é uma doença crônica que cursa com várias complicações clínicas e está entre as maiores causas de morbidade e mortalidade no Brasil. Os transtornos alimentares são descritos hoje como distúrbios patológicos, em que há o envolvimento dos aspectos emocionais, cognitivos, fisiológicos e comportamentais, levando o indivíduo a apresentar reações obsessivas ou compulsivas. O objetivo do presente estudo foi investigar a prevalência de TCAP (transtorno de compulsão alimentar periódico) e o IMC (índice de massa corpórea). Foram avaliadas 64 pessoas portadores de Diabete Mellitus do município de Dracena (SP), situado no Oeste do estado de São Paulo. Participantes de um projeto de estímulo à atividade física direcionado a hipertensos e diabéticos denominado “Viva a Vida”. Sendo avaliados com a escala de compulsão alimentar (BES) para verificar a ocorrência do transtorno de compulsão alimentar. E comparados aos índices que partiram de outros estudos. Da população investigada em relação ao IMC 18,7% apresentavam eutrofia, 50,0% tinham sobrepeso e 31,3% estavam obesos. A verificação do estado nutricional da população masculina investigada indica que há maior concentração de indivíduos eutróficos quando comparados ao grupo feminino.  IMC em homens constata-se que a proporção de obesos encontra-se 52% acima dos valores populacionais. Já para as mulheres, indica o acréscimo de 59% na proporção de indivíduos em sobrepeso. Sobre o TCAP os dados foram 73,4% estavam em estado de ausência de compulsão alimentar, 20,3% apresentavam compulsão alimentar moderada e 6,3% compulsão alimentar grave. Novamente, como no caso comparativo do Índice A, a população masculina destaca-se como aquela que apresenta maiores valores de compulsão alimentar moderada e grave. De maneira geral correlacionando o TCAP com o IMC verifica-se que entre os indivíduos eutróficos não houve casos de compulsão alimentar grave e apenas um pequeno número (8,3%) apresentou compulsão alimentar moderada. Já na avaliação das categorias sobrepeso e obesidade a compulsão alimentar moderada se eleva progressivamente alcançando respectivamente 18,75% e 30,00%. Conclui-se que a avaliação da compulsão alimentar em indivíduos portadores da DM 2 demonstrou que a população masculina investigada apresenta maiores possibilidades de desenvolver agravos. E que apresenta taxas elevadas de Transtorno Alimentar quando comparadas com outras populações saudáveis, contribuindo para a evolução do sobrepeso à obesidade. A população investigada apresenta maiores possibilidades de desenvolver agravos ao quadro geral de saúde afirmando que práticas em saúde que objetivem diminuir as vivências compulsivas associadas à alimentação determinariam melhores condições de saúde a todo o grupo investigado nesse estudo.

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Publicado

08/02/2012

Como Citar

Marques, E. C. de B., Arantes, A. P. G., & Rumin, C. R. (2012). AVALIAÇÃO DA COMPULSÃO ALIMENTAR EM PACIENTES DIABÉTICOS DO TIPO 2. Revista OMNIA Saúde, 7(1), 22–32. Recuperado de http://omnia.fai.com.br/omniasaude/article/view/253

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