A COMPULSÃO E A ABORDAGEM EM PSICOTERAPIA BREVE
Palavras-chave:
Psicoterapia Breve, Compulsões, Psicologia da SaúdeResumo
No cotidiano das práticas clínicas é frequente a presença das compulsões. O esforço de compreender os elementos psicodinâmicos que envolvem estas formas de expressão do sofrimento são desafios para a atenção em saúde mental. A presente pesquisa em Psicologia da Saúde tem o objetivo de descrever o uso da Psicoterapia Breve de Orientação Psicanalítica dirigida a pacientes compulsivos. A metodologia envolveu a realização de um estudo de caso com um indivíduo que apresentava um transtorno compulsivo. Os resultados envolveram o modo como o sujeito se liga aos objetos buscando obter satisfações, o grau de autonomia e de idealizações que constitui a vinculação com os indivíduos, a tolerância a frustração, a atribuição de valores sobre a identidade e o nível de planejamento de ações e elaboração da ruptura de vínculos afetivos. Conclui-se indicando que a Psicoterapia Breve de Orientação Psicanalítica é efetiva na abordagem das compulsões, ao possibilitar a ruptura com a serialidade das repetições e possibilitar que a singularidade apresente-se como resultado da orientação ao insight.Referências
ALARCÃO, G.; TAVARES, H. Psicopatologia da impulsividade. In: ABREU, C. N.; TAVARO, H.; CORDÁS, T. A. Manual clínico dos transtornos do controle dos impulsos. Porto Alegre: Artmed, p.19-36, 2008.
ALLOUCH, E. As psicopatologias do apoio: autismo, adicção e somatização. Ágora, v.6, n.1, p.79-98, 2003.
ALMEIDA, M. C. P. A compulsão nossa de cada dia. Revista Brasileira de Psicanálise, v.43, n.3, p.119-126, 2009.
ALONSO, S. L. Psicanálise/Psicoterapia: as ondulações do campo da prática psicanalítica. Psyche, v.4, n.5, p.17-28, 2000.
AZEVEDO, M. A. S. B. Psicoterapia Para o Povo: avaliação dos resultados. Psicologia para a América Latina, n.8, p.0-0, 2006.
BRAIER, E. A. Psicoterapia breve de orientação psicanalítica. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
CASTILHO, A. R. G. L.; CASTILHO, J. C. R. Transtornos da alimentação e transtorno obsessivo-compulsivo. In: BUSSE, S. R. Anorexia, bulimia e obesidade. Barueri: Manole, p.183-204, 2004.
FADIMAN, J.; FRAGER, R. Teorias da Personalidade. São Paulo: Harbra, 1986.
FAIMBERG, H. A telescopagem das gerações a propósito da genealogia de certas identificações. In: KÄES, R.; FAIMBERG, H. Transmissão da vida psíquica entre gerações. São Paulo: Casa do Psicólogo, p.71-94, 2001.
GARCIA-ROZA, L. A. Introdução à metapsicologia freudiana: artigos de metapsicologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. v.3.
GONDAR, Jô. Sobre as compulsões e o dispositivo psicanalítico. Ágora, v.4, n.2, p.25-35, 2001.
HERRMANN, F. Andaimes do real: o método da psicanálise. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001.
KÄES, R. Os espaços psíquicos comuns e partilhados: transmissão e negatividade. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.
KNOBEL, M. Psicoterapia Breve. São Paulo: EPU, 1986.
MCDOUGALL, J. Teatros do corpo: o psicossoma em psicanálise. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
MIELI, P. Uma nota sobre a diferenciação estrutural de Freud entre neurose e perversão. Reverso, v.34, n.63, p.91-102, 2012.
MONDARDO, A. H.; PIOVESAN, L.; MANTOVANI, P. C. A percepção do paciente quanto ao processo de mudança psicoterápica. Aletheia, n.30, p.158-171, 2009.
OGDEN, T. H. Os sujeitos da Psicanálise. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1996.
PEREIRA; M. G. Epidemiologia: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999.
RUDGE, A. M. Que atos são esses?: Luto e acting out. Psyche, v.12, n.22, p.67-78, 2008.
SAFRA, Gilberto. Psicoterapia Breve: uma reflexão. Psyche, v.4, n.5, p.133-139, 2000.
SATO, L.; SCHMIDT, M. L. S. Psicologia do Trabalho e Psicologia Clínica: um ensaio de articulação focalizando o desemprego. Estudos de Psicologia, v.9, n.2, p.365-371, 2004.
STACECHEN, L. F.; BENTO, V. E. S. Consumo excessivo e adicção na pós-modernidade: uma interpretação psicanalítica. Fractal: Revista de Psicologia, v.20, n.2, p.421-436, 2008.
