O PROCESSO DE TRABALHO DOS COPISTAS

Autores

  • Ana Carolina Martins FAI

Palavras-chave:

Saúde do Trabalhador, Saúde Mental, Organização do Trabalho.

Resumo

A análise do processo de trabalho de copistas permite a identificação de elementos que contribuem para a degradação e manutenção da saúde. Com destaque para a saúde mental, as relações de sociabilidade são o lócus privilegiado para compreender as atribuições de sentido ao trabalho e de valor à identidade dos trabalhadores. A fragmentação do trabalho em atividades que envolvem reduzidos níveis de planejamento e atenção expõe o trabalhador a valorações pejorativas de suas potencialidades. Por isto, este trabalho tem o objetivo de identificar as vivências e sentimentos dos copistas, frente as exigências do processo de trabalho. A metodologia compreendeu a realização de entrevistas semi-dirigidas com seis trabalhadores. Os resultados indicam que a repetição das atividades, a intensidade, o ruído das máquinas, as exigências em torno da qualidade do trabalho realizado e o esvaziamento de sentido da prática produtiva estão presentes como determinantes de agravo à saúde. Combinam-se a estes elementos as relações interpessoais fragmentárias e a oscilação na demanda produtiva. Conclui-se que os copistas conhecem um estado de invisibilidade social e estão inseridos em uma modalidade de trabalho precarizado.

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Como Citar

Martins, A. C. (2014). O PROCESSO DE TRABALHO DOS COPISTAS. Revista OMNIA Saúde, 11(1), 29–37. Recuperado de http://omnia.fai.com.br/omniasaude/article/view/478

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