HANSENÍASE SEUS ASPECTOS CLÍNICOS, COMPLICAÇÕES E ABORDAGEM TERAPÊUTICA
REVISÃO DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.29327/2272174.6.1-25Palavras-chave:
hanseníase, manifestações clínicas, abordagem terapêutica, complicaçõesResumo
A hanseníase, também conhecida como mal de Hansen é uma doença crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que afeta principalmente a pele, nervos periféricos, mucosas e olhos. É uma doença infectocontagiosa com manifestações clínicas variadas e que se não tratadas podem gerar a complicações mais graves. As manifestações clínicas da patologia podem variar desde formas paucibacilares, com poucas lesões cutâneas e comprometimento neural mínimo, até formas multibacilares, com múltiplas lesões cutâneas e acometimento neural mais grave. Os sinais e sintomas mais comuns da Hanseníase incluem manchas na pele com alteração de sensibilidade, diminuição da força muscular, perda de sensibilidade, parestesias, dor e deformidades nas extremidades. A abordagem terapêutica da hanseníase é baseada na classificação clínica e bacteriológica da doença, sendo dividida em tratamento para formas paucibacilares (PB) e formas multibacilares (MB). A terapia consiste na administração de uma combinação de fármacos antimicrobianos, como a rifampicina, dapsona e clofazimina, por um determinado período, de acordo com a classificação clínica do paciente. A adesão ao tratamento é fundamental para a cura da doença e para prevenir complicações. As complicações da Hanseníase são diversas, variando de acordo com o estágio e a gravidade da patologia. Entre as principais complicações estão a incapacidade física, causada pelo comprometimento neurológico e muscular, deformidades nas extremidades, reações hansênicas, que são manifestações imunológicas da doença, e neuropatias, como a neurite hansênica. É importante salientar que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado da hanseníase são fundamentais para evitar complicações e promover a cura da doença. A busca ativa de casos suspeitos, o acompanhamento clínico e bacteriológico dos pacientes bem como a promoção da adesão ao tratamento são estratégias importantes no controle da patologia.