Prevalência de hipertensão arterial resistente diagnosticada e não diagnosticada no interior do Estado de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.29327/4185470Palavras-chave:
Hipertensão, Aldosterona, Sistema CardiovascularResumo
Hipertensão é uma das doenças crônicas não transmissíveis mais prevalentes no mundo. As dificuldades no controle dos níveis pressóricos sanguíneos por parte da população, resultaram no surgimento de uma classificação adicional para hipertensão – hipertensão resistente (HAR). Neste contexto, HAR é definida como pressão arterial superior a 140/90 mmHg cujo paciente está em tratamento com três ou quatro fármacos anti-hipertensivos com mecanismos de ação complementares sendo um deles diurético A patogênese de tal doença ainda é incerta, mas somam-se as prováveis bases fisiopatológicas a idade avançada, obesidade, déficit de função renal e Diabetes Mellitus. Neste contexto, o objetivo do presente estudo é avaliar a prevalência de HAR no município de Adamantina/SP. Para isso, foi realizado um estudo retrospectivo por meio da coleta de dados de prontuários de pacientes compreendidos entre os anos de 2018 e 2019. Neste estudo foi possível observar um total de 683 prontuários de pacientes hipertensos, no qual apenas 258 foram considerados para este estudo por possuírem prontuários com o mínimo de dados necessários, incluindo o valor da pressão arterial dos pacientes. Os resultados foram de que a maioria dos pacientes apresentaram uma pressão arterial superior a 140x90 mmHg, sendo que 24,4% destes pacientes tem a idade entre 60 e 69 anos, 45% fazem uso de apenas um fármaco para o tratamento e 7,7% destes corresponde aos pacientes com HAR. Sendo assim, nenhum paciente pelos registros dos prontuários apresentavam a classificação de HAR, mas pelas análises do trabalho é possível evidenciar alta prevalência dela no município. Apurou-se falhas nos prontuários impossibilitando o acompanhamento correto dos pacientes, consequentemente em tratamentos incorretos e aumento do risco cardiovascular.