Microbiota intestinal e diabetes mellitus
revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.29327/4185494Palavras-chave:
Microbiota, Diabetes, Probiótico, PrebióticoResumo
A microbiota intestinal desempenha um importante papel no desenvolvimento do organismo humano, é composta por bilhões de bactérias cuja principal função é a absorção de nutrientes. A Diabetes Mellitus pode ser classificada em tipo 1 e tipo 2, e é caracterizada pela insuficiência do pâncreas de produzir insulina levando o corpo a um estado de hiperglicemia. Atualmente, a microbiota intestinal desorganizada, ou seja, a disbiose, está relacionada com o desenvolvimento de doenças como o Diabetes Mellitus. Nesse sentido, o objetivo do presente trabalho é realizar uma revisão bibliográfica relacionando a microbiota intestinal com o desenvolvimento de Diabetes Mellitus. Para isso, foram utilizados como base de dados para esse estudo artigos científicos, pesquisas e revisões de literatura das plataformas Google Acadêmico, Pubmed, Scielo, Science Direct e Ovid Discovery. Estudos mostram que há uma ligação na patogênese da DM1 envolvendo o pâncreas e o trato gastrointestinal, também foi relatado uma diferença entre a microbiota de indivíduos saudáveis e portadores de DM. Na DM2 pode ocorrer um desequilíbrio na população microbiana, desencadeando a disbiose e redução da permeabilidade intestinal. A fibra prebiótica se mostrou eficaz no aumento da insulina e diminuição da liberação de glucagon, ambos os quais reduzem a glicose no sangue. Outra pesquisa revela que os probióticos aumentam a secreção do peptídeo 1 semelhante ao glucagon (GLP-1) das células L enteroendócrinas melhorando o metabolismo de carboidratos. No conjunto, é possível destacar uma relação direta entre a microbiota intestinal e o desenvolvimento de diabetes mellitus.