Repercussões das infecções do trato urinário em gestantes do município de Adamantina – São Paulo entre 2019 e 2021
DOI:
https://doi.org/10.29327/4185551Palavras-chave:
infecções urinárias, nascimento prematuro, aborto, peso ao nascer, idade gestacionalResumo
Introdução: a gestação é um evento fisiológico em que algumas doenças se tornam mais frequentes, como infecções do trato urinário. Elas são importantes fatores de risco para nascimento prematuro, restrição do crescimento intrauterino, baixo peso ao nascer e aborto. Compreender o perfil clínico da ITU em determinado território pode direcionar as intervenções para que os tratamentos sejam mais resolutivos e as complicações evitadas. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o perfil epidemiológico e repercussões clínicas das infecções do trato urinário em gestantes do município de Adamantina – São Paulo entre janeiro de 2019 e janeiro de 2021. Materiais e métodos: a presente coorte retrospectiva foi conduzida a partir da investigação crítica de prontuários arquivados no Centro Integrado de Saúde do município. Resultados e discussão: a história prévia de ITU não teve relação com a suscetibilidade para infecções durante a gravidez, assim como a idade gestacional, variável que também não influenciou no baixo peso ao nascer. Contrastando com a literatura científica que atribui a ITU como um fator de risco para aborto, todos os casos com esse desfecho ocorreram em mulheres sem ITU. O tipo de parto prévio repercutiu como esperado na incidência de ITU e as diferentes eficácias das terapias medicamentosas adotadas foram coerentes com a proporção de gestantes que as receberam. Conclusão: não houveram repercussões clínicas alarmantes atribuídas à ITU em gestantes do município de Adamantina – São Paulo entre janeiro de 2019 e janeiro de 2021, comportamento epidemiológico satisfatório que deve ser mantido ao longo dos próximos anos.