TRANSTORNOS ALIMENTARES: PSICODIAGNÓSTICO COMO POTENCIALIZADOR DO PROCESSO TERAPÊUTICO

Autores

  • Laiana Tiemi Kawashima Faculdades Adamantinenses Integradas
  • Cassiano Ricardo Rumin Faculdades Adamantinenses Integradas

Palavras-chave:

Transtornos Alimentares, Psicodiagnóstico, Raiva, STAXI

Resumo

Os estudos sobre os sinais indicativos de transtornos alimentares e as avaliações de características de personalidade que podem se associar a manifestação destes quadros de agravos à saúde, têm ocupado de modo intenso a produção em Psiquiatria e Psicologia Clínica. O presente estudo avaliou características, ainda pouco investigadas na dinâmica de ocorrência de transtornos alimentares, denominadas expressão da raiva como estado e traço. Esta escolha de análise em relação à expressão da raiva como estado e traço decorre de apontamentos na literatura especializada. Este trabalho tem o objetivo de avaliar a realização de psicodiagnósticos em indivíduos com transtornos alimentares como elemento que potencializa o processo terapêutico. A metodologia envolveu a realização de dois estudos de caso de pacientes com transtornos alimentares. A realização do psicodiagnóstico utilizou como instrumento o Inventário de Expressão de Raiva como Estado e Traço (STAXI), além da entrevista de anamnese. No paciente um, o psicodiagnóstico indicou características, como: intenso estado de raiva; sentimento de ser injustiçado; tendência de comportamento autoritário e repressão dos sentimentos de raiva; sensibilidade a criticas e avaliações; temor da ruptura de vínculos; passividade e isolamento. No paciente dois emergiram as características: rebaixado estado de raiva; disposição reduzida para vivenciar a raiva; prejuízo a simbolização; dificuldades em estabelecer parâmetros defensivos; repressão de sentimentos de raiva; temor da ruptura dos vínculos; tendência de resignação e expressão da raiva prejudicada, limitando as relações pessoais. A realização do psicodiagnóstico contribuiu com o processo terapêutico, na medida em que foi possível através deste avaliar características do controle e traço de raiva e sua relação com as queixas apresentadas pelos pacientes. Possibilitou-se que o processo psicoterápico constituísse ambiente para expressar a raiva e agressividade numa referência de continência e estabelecimento de novos significados para os afetos.

Referências

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Como Citar

Kawashima, L. T., & Rumin, C. R. (2012). TRANSTORNOS ALIMENTARES: PSICODIAGNÓSTICO COMO POTENCIALIZADOR DO PROCESSO TERAPÊUTICO. Revista OMNIA Saúde, 8(1), 50–64. Recuperado de http://omnia.fai.com.br/omniasaude/article/view/376

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