ÁCIDO FÓLICO NA GESTAÇÃO – TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA E ASMA

UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Resumo

O folato é uma vitamina essencial durante a gravidez para evitar problemas no desenvolvimento fetal. A suplementação de ácido fólico é recomendada pela Organização Mundial da Saúde para prevenir defeitos do tubo neural. No entanto, o uso excessivo deve ser evitado, pois os efeitos a longo prazo são desconhecidos. Estudos estão sendo realizados sobre possíveis interações entre o ácido fólico materno e condições como asma infantil e transtorno do espectro autista. Diante deste contexto, o objetivo deste estudo foi levantar dados sobre a utilização de suplementação com ácido fólico durante a gestação e a possível relação com o transtorno do espectro autista e asma infantil. O estudo foi elaborado a partir de uma revisão integrativa da literatura, que selecionou publicações originais publicadas nos idiomas inglês ou português no período de 2012 a 2022. Os resultados demonstraram que para a asma infantil há uma relação entre a dosagem de ácido fólico utilizado pela mãe e o desenvolvimento de asma nas crianças. Um dos estudos descreveu que as crianças nascidas de mulheres com maior consumo de ácido fólico durante a gestação tiveram um risco de asma cerca de 20% maior. Em relação ao transtorno do espectro autista os estudos abordados não demonstraram relação dose-resposta. Foi possível concluir que o aumento no número casos de asma na infância podem estar associado à dosagem elevada de ácido fólico suplementado durante a gestação. Em relação ao autismo, são necessários mais estudos para se chegar a uma conclusão.